segunda-feira, março 31, 2003

Diário de guerra de uma ativista



Jo Wilding é britânica e uma das pacifista que está no Iraque.Conhecida no Reino Unido por ter participado dos protestos contra o cerco israelense à Igreja da Natividade, em Belém, no ano passado, Jo conversa diariamente com o povo iraquiano e produz um diário. Confira um trecho:

"Mohammed was out of the shop and saw two rockets dropped, about five seconds apart at 11:30 yesterday. He couldn’t see the plane because of the thick air, but says he heard it. There was a crater in the mid strip of the road ? not deep ? and the buildings either side of the road were wrecked and burnt out."

Bristol indymedia
http://bristol.indymedia.org

domingo, março 30, 2003

Roberto Sávio no FSM III




Este ano, o Fórum Social Mundial (FSM) trouxe um grande debate em torno da inclusão digital e da importãncia das novas tecnologias como uma forma de reciclar e propor novos valores e conteúdo para o jornalismo e outras áreas da comunicação.

Nesse sentido o comunicador uruguaio e membro da agência de notícias Inter Press Service, Roberto Sávio deixou algumas palavras interessantes no último dia do Mídia, cultura e alternativas à mercantilização e homogeneização. Ele falou da estrutura do jornalismo atual e a importância da internet como instrumento de mobilização.

"A informação é um mecanismo vertical em que os comunicadores falam para um grande número de pessoas. O verticalismo não ajuda a fazer uma comunicação saudável. Os mecanismos atuais do jornalismo foram feitos de acordo com leis da segunda metade do século passado.

É uma estrutura baseada no marketing e nós, jornalistas, achamos isso formidável. Nesse tipo de mecanismo é mais importante o que chama a atenção do que o processo em torno da informação. A informação se desenvolveu em movimentos concêntricos. Essa estrutura, baseada no marketing, facilitou o surgimento da mídia de massa vertical com poder. Isto causa uma homogeneização do olhar do público. Se escrevermos dez linhas sobre Bush aqui ou em Iaras será a mesma coisa.

A comunicação é fenômeno recente. Vivemos numa sociedade da informação, mas não da comunicação. Ela só ocorre de forma horizontal. A informação, ao contrário, pode ser mercantil. Não existe mercado na comunicação. A Internet é um instrumento neutro, tanto pode ser usado para o mercado ou não. Ano passado, as mulheres chegaram a Conferência de Beijing através da Internet. Elas se mobilizaram e se prepararam para as mesas de negociação através da rede mundial de computadores. Diferentemente dos meios menos recentes, na Internet ocorre um debate constante acerca de conteúdo. Temos de fazer da Internet um instrumento novo, que facilite a comunicação.

Mas isto é uma utopia. A hora em que o senhor Murdoch descobrir que existe um grande público que gosta de um conteúdo diferenciado e arrojado, ele irá se apropriar disso.

Essa tendência de não comprar jornais irá se acentuar se eles não mudarem seus valores e conteúdos. Os jornais ainda são baseados naquela velha estrutura de marketing, lead e comunicação verticalizada. Infelizmente, as escolas de comunicação ainda não se tocaram dessas grandes mudanças. Acredito que estamos entrando numa nova fase dos meios de comunicação.

É necessário se fazer uma leitura crítica dos meios de comunicação nas escolas, ensinando suas linguagens e seu discurso. Essa é uma forma de garantir a democratização dos meios de comunicação."



Fórum Social Mundial
http://www.forumsocialmundial.org.br
Inter Press Service
http://www.ips.org

sábado, março 29, 2003

Qual será o destino da ONU?



"A Onu não deve e nunca irá acabar. Ela não busca apenas a paz do mundo, é muito mais do que isso. Ela está em todas as esferas da vida. Quando você manda uma carta, a Onu está por trás dessa operação. Quando você registra uma patente, a Onu está por trás. Em todas as atividades humanas existem instrumentos regulamentadores que são ligados à ONU. O que pode se acabar é o aspecto político da ONU, mas não ela como um todo".

Esses foram argumentos usados pelo ex-subsecretário do Conselho de Segurança e da Assembléia Geral da ONU, Gilberto Schlittler para justificar a continuação e não o fim da ONU. Schlittler é brasileiro e professor da Pós-Graduação da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

E prosseguiu destacando as causas da guerra."Podemos citar o petróleo: os EUA estão preocupados com a Venezuela e a Arábia Saudita. A economia americana depende muito do petróleo. A militarização da economia que foi iniciada durante o governo de Reagan e é claro a situação econômica ruim. A classe média americana vem decaindo. A distribuição de renda é cada vez mais desigual. A guerra serve para tirar atenção da crise".

E acrescentou comentários as posições diplomáticas e politicas adotadas pela França e Reino Unido no conflito."O Reino Unido nunca aceitou deixar de ser império. Isto está na raiz política britância e França sempre quis uma Europa unida o que não é novidade".

ONU
http://www.un.org

Um fotográfo na guerra



Não é só os repórteres que tem weblogs. John Pendygraft é fotógrafo do St. Petersburg Times e está acompanhando a guerra a partir do Kwait. No site é possível encontrar imagens e ler impressões e pensamentos do profissional.

Blog de John Pendygraft
http://www.tampabay.com/live-online/index.cfm?eid=22

O site da guerra



Feito pela BBC, BBC's Iraque in depth tem notícias contextualizadas, informações, bibliografias e documentos ligados ao conflito no Iraque, como a resolução 1441 da ONU. O site demonstra como fazer uso dos recursos multimídia num site jornalístico. Clique em Multimedia Console e veja vídeos com vários aspectos da guerra.

BBC NEWS In Depth Conflict with Iraq
http://news.bbc.co.uk/2/hi/in_depth/middle_east/2002